Santa Casa de Sertãozinho recebe doação de polvos de crochê para a UTI Neo Natal
Na última semana, a UTI Neo Natal da Santa Casa de Sertãozinho foi agraciada com 16 polvos de crochê doados pela sertanezina Aline Heck Mafra.
A iniciativa partiu da própria munícipe que, após conhecer o “Projeto Octo”, que consiste em polvos de crochê que prometem melhorar os sistemas respiratório e cardíaco do recém-nascido decidiu confeccioná-los e doá-los para os bebezinhos da UTI Neo Natal da Santa Casa. “Vi nas redes sociais essa ideia de tecer um pouco de amor para essas mamães e seus filhos prematuros. Peguei a receita do polvo na internet e fiz o primeiro, fiquei muito feliz, pois ficou lindo, fiquei emocionada, até chorei, mas não queria fazer apenas um polvo, queria fazer mais para poder doar para a Santa Casa. Então consegui fazer os 16 polvos e junto com a minha mãe fomos até a Santa Casa entrega-los”, contou Aline, que completou: “sei da luta diária de mães indo e vindo de hospitais todos os dias para ver seus bebês. Tenho ciência da preocupação que afligem seus corações, corta suas almas e dilaceram seus sonhos. A alegria de alguns poucos gramas ganhos hoje, é a tormenta dos muitos gramas perdidos amanhã. E assim, se segue a vida por dias, meses e até mesmo anos”.
Após a doação, o Projeto já foi imediatamente implantado na Santa Casa e surtiu os efeitos esperados. Os polvos são colocados ao lado dos bebês, que puxam seus tentáculos, abraçando-os e acariciando-os. “A iniciativa surgiu da própria Aline, que me explicou como funciona o Projeto e fez a doação dos polvos para a Santa Casa. Nós já implantamos o Projeto e já sentimos os resultados, pois os bebês interagem com eles, os abraçam, fazem carinho e realmente apresentam melhoras no sistema respiratório e cardíaco. É muito lindo e emocionante de se ver. Além da felicidade dos pais que se sentem mais acolhidos vendo esse gesto de humanidade e amor com seus filhos, tendo a certeza que são muito bem cuidados, com imenso zelo, dedicação e principalmente amor”, contou a enfermeira supervisora da UTI Neo Natal Cristiane Sanchez Lucato.
O provedor da Santa Casa, José Carlos Simões também ficou bastante emocionado com este belo gesto e agradeceu em nome do hospital. “A importância desse Projeto e dos polvos para a melhora dos bebês é imensa e é muito gratificante ver como há uma ‘conexão’ imediata entre o bebê e o polvo ao serem colocados bem próximos. É um gesto muito humano, lindo e emocionante. Nós, da Santa Casa de Sertãozinho somos extremamente gratos à Aline por essa maravilhosa doação. Até me faltam palavras para enobrecer esse gesto sem igual. Mais uma vez, o nosso muito obrigado”, destacou Sr. Simões.
Após essa iniciativa, a UTI Neo Natal já recebeu doação de outros munícipes, que preferiram permanecer no anonimato. A Santa Casa agradece imensamente a todas as doações.
Ao terem alta médica da UTI Neo Natal, os polvos serão doados aos bebês devido ao vínculo afetivo criado durante o tempo de internação.
Quem quiser fazer doações para a Santa Casa pode ir pessoalmente até lá ou ligar no 3946-2855 e falar com as Assistentes Sociais, Luciana ou Lívia Gallão.
Projeto Octo
O Projeto Octo começou na Dinamarca em 2013, quando um grupo de voluntários passou a costurar polvos de crochê para doar para bebês prematuros em unidades de tratamento intensivo neonatais. O primeiro hospital que passou a testar essa nova maneira de confortar os recém-nascidos foi o Hospital Universitário Aarhus, onde a equipe médica pode identificar melhora nos sistemas respiratório e cardíaco dos bebês, além de um aumento dos níveis de oxigênio no sangue.
Os polvos estão ajudando bebês prematuros a se sentirem mais seguros e confortáveis em maternidades. Ao abraçar o brinquedo, feito de crochê, os recém-nascidos se sentem mais calmos e protegidos, pois os tentáculos se remetem ao cordão umbilical e dão segurança semelhante a do útero materno.
Para que o brinquedo seja seguro para recém-nascidos, os polvos precisam ser 100% algodão, assim podem ser levados à máquina de lavar. É preciso de atenção aos tentáculos, que não podem passar de 22 centímetros.
Assessoria de Comunicação - Josiane Cunha